Metalurgia
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O Natal do poema
Como para escrever, a preparação de muitas exigências a caneta preferida, o papel sulfite quadriculado, o susto do improviso, o aviso prévio do namoro antigo, a velha Remington, o micro de contrabando, a generosidade do poema, o ridículo do achado, a tatibitate da dor e da alegria, o sonho de menina, o MacIntosch, o japonês, o coreano, o alemão, o americano, o nacional mais caro, a novidade do dia, o mistério da noite, a estrela peregrina, o universo fraco, imponente como uma efeméride, o presépio de mitos, musgos e contingências, um ritual solitário de peças simples, complexas, triviais e rugas. O fato é que ninguém escreve em bando, escreve-se para alguém, um escrever de gente, chuva, sol e artifício, escreve-se por encomendas, sob inspiração, liberdade, ouro e bobagem, escreve-se para o outro, sempre sem ninguém ao lado. |