Novos poemas
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Do amor andante
O amor não passa, finta o esquecimento, protela a hora e o dia da partida, como se fosse um drible, uma investida, para esticar a glória do momento. Não passa o amor, mas finge passatempo, e por brincar revela se escondida a luz que é sombra, sorriso e despedida, no gesto à porta que segura o tempo. Ver-te distante confunde-me o desejo, se o amor não eras o que seria então, quando chegaste com a força de um lampejo, que sim dizias, quando eu dizia não; hoje se passas, sei que não te vejo, e se te vejo, não passas de ilusão. |