Novos poemas
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Rotina
Sou um poeta descuidado, aceito a inspiração do acaso, leio o mistério como recado, em papel de pão ou em papel de vaso. Ando sozinho, mas vivo ligado nas muitas contas de que perco o prazo, sob suspeita de que para ser poupado o deve-haver deve avançar no atraso. Sou reincidente da monotonia de sempre perseguir a novidade apta a descobrir se não sabia a clara manhã que a claridade, em vez de anunciar um novo dia, repete a mesma luz pela cidade. |