Novos poemas
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Quincas Borba revisitado
Vi escrito numa camiseta: “Seja a pessoa que seu cachorro pensa que você é”. Perguntei-me se eu fazia jus ao que os meus pensam de mim, tentando entender, decifrar, ler as intenções de seu humor e de suas manifestações de afeto, de alegria, de espera de impaciência, de necessidades e desejos, seus silêncios e alaridos. Não sei se interpretei bem e me equivoco ao traduzir para a linguagem humana a sintaxe ruidosa e o espalhafato sonoro da expressão de um sentido tão bobo e singelo que era melhor não dizê-lo, mas que, provocado pela insistência do olhar e a mansidão do barulho, que me recebem quando chego em casa, é melhor dizê-lo do que guardá-lo, para perdê-lo: ? Se ainda não é, você tem a obrigação de ser a pessoa que, com prazer, pensamos que você é! |