Geração
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Soneto da consumação
Escândalo de verde em folhas de verão a página escrita mal traduz essa orgia mas pálidas de amor as pétalas se vão requebrar ao vento a mesma idiossincrasia nada distingue mais o sufoco embrião busca formas áridas sem caligrafia rasga cotidianos versos pelo chão a noite é quente a terra morna a vida fria tantas coisas novas é preciso aprender antes que o tempo enrugue seu desdobramento: arcos de unhas velhas cortadas sem prazer aqui sou comensal e às vezes que me sento transmudo meu corpo alheio ao que deve ser no sonho alienado de ter sido sendo |